quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Quão sustentável é o novo iPad?

Quem acompanhou o noticiário nos últimos dias deve ter visto o lançamento do iPad – novo produto da Apple que promete revolucionar os gadgets sem abrir mão da Sustentabilidade .

O lançamento foi na quarta-feira, 27 de janeiro, em São Francisco, Califórnia, com transmissão ao vivo para os internautas de todo o mundo.

O novo orgulho de Steve Jobs é um o computador em forma de prancheta com o design de um iPhone gigante. Ele pesa quase 700g, tem 1 cm de largura e tela de cristal líquido de 9,7 polegadas, contando com conexão wireless em todos os modelos e 3G em alguns.

O dispositivo poderá ser usado para navegar na internet, mandar e-mail, dividir fotos, ver vídeos, jogar jogos, ler e-books e muito mais.

Mas um dos maiores destaques do iPad foi o seu lado sustentável. Confira o que essa novidade tem de bom e de ruim para o planeta.


Steve Jobs, diretor-executivo da Apple, exibe sua nova criação

Livre de químicos
Um dos maiores argumentos da empresa ao defender a Sustentabilidade de seu produtos é fato de o iPad ser livre de uma série de produtos tóxicos, como arsênico, poluente BRF, mercúrio e PVC. Apesar de ser algo Positivo , não se trata de uma novidade, já que esses critérios já são adotados pela Apple em outros produtos para reduzir o seu impacto ambiental.

Reciclável
O iPad ainda possui alumínio e vidro na sua composição, o que o torna potencialmente reciclável. Mas é sempre bom lembrar que ser “reciclável” não quer dizer que será “reciclado”. A empresa também não apresentou nenhum programa de Reciclagem ou descarte adequado do produto.

Alta eficiência
Um dos pontos altos do iPad é sua alta eficiência energética. A bateria do produto pode aguentar 10 horas de vídeo e até um mês em stand-by (tempo realmente surpreendente). Isso significa que o dispositivo não precisará ser carregado toda vez que for usado nem a bateria precisará ser trocada regularmente – o que pode poupar significativamente o meio Ambiente .
Leitura digital

O tablet poderá ser usado como um e-book, ajudando a popularizar a leitura de livros e jornais eletrônicos em todo o mundo. Isso pode poupar o uso de toneladas de papeis, o que representa menos corte de árvores, menor Consumo de água e de energia.

Sem compensação das emissões
Apesar dos pontos positivos, a Apple não apresentou nenhuma compensação do carbono emitido durante a produção e transporte dos iPads. E mesmo reduzindo o uso de produtos tóxicos, a empresa não anunciou outras alternativas de produção ou matérias-primas de menor impacto ambiental.

Mais um para a galeria
Mesmo com tudo que já foi dito, uma das questões mais relevantes do novo gadget da Apple é a sua função em si. Segundo o próprio Steve Jobs, o iPad foi desenvolvido para ser um aplicativo entre um notebook e um smartphone.

Isso significa que os usuários não deixarão de comprar um iPhone ou um MacBook para adquirir um iPad – o que não apenas não reduz o Consumo dos outros produtos, como ainda cria um novo objeto de desejo para ser comprado, usado e descartado em todo o mundo.

Bom ou ruim, caberá ao consumidor avaliar se o gadget será mesmo útil no seu dia-a-dia. O iPad será comercializado a partir de março e os preços irão variar de US$ 499 a US$ 699. Os interessados já podem fazer a reserva pelo site da Apple - http://www.apple.com/ipad/

Fonte: EcoD